Dizem que não é possível morrer de amor, mas dados indicam que fazer amor pode ter sido letal para algumas pessoas. Um recente estudo publicado na revista JAMA Cardiology indicou que jovens podem morrer de ataques cardíacos durante ou imediatamente após o sexo. As informações são do “IFL Science”.
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Os pesquisadores analisaram mais de 6,8 mil casos de morte súbita cardíaca registrados em uma unidade de patologia cardíaca em Londres entre 1994 e 2020. A partir dos dados observados, constataram que 17 casos ocorreram dentro de uma hora após a relação sexual — número representa 0,2% de todas as incidências da condição registradas na unidade no período avaliado. Entre os 17 mortos, 11 eram homens, com idade média de 38 anos.
Os pesquisadores apontam que tal descoberta pode refletir o fato de que a idade média do grupo avaliado foi menor que a de estudos anteriores, por isso inclui menos homens mais velhos, que geralmente são mais propensos à doenças cardíacas. Vale ressaltar que foi publicado em 2006 no Springer Link uma análise de 32 mil autópsias forenses ao longo de três décadas na Alemanha, que constatou 68 casos de morte por sexo, sendo 63 homens com idade média de 59 anos.
Segundo os autores do estudo da JAMA Cardiology, pessoas jovens com histórico de problemas cardíacos devem estar cientes dos perigos associados ao sexo, visto que o ato desencadeia uma onda de neurotransmissores de catecolaminas, como dopamina e adrenalina — hormônios que podem causar complicações cardíacas em indivíduos vulneráveis.
Embora a análise seja preocupante, não é preciso viver em abstinência sexual. Os pesquisadores reforçam que, de modo geral, o número de mortes relacionadas ao sexo em jovens é considerado baixo, portanto, a relação sexual não precisa ser encarada como uma atividade de risco à vida. “Essas descobertas fornecem alguma garantia de que a atividade sexual é relativamente segura em pacientes com problemas cardíacos, especialmente em indivíduos mais jovens (com menos de 50 anos)”, concluíram em nota.